As precipitações ocorridas no mês de dezembro seguiram o mesmo comportamento observado em novembro, ou seja, chuvas abaixo da média e com distribuição muito irregular, em todo o Paraná. O menor volume de precipitação observado nestes últimos dois meses provocou uma diminuição significativa da umidade no solo na maior parte do Paraná, principalmente nas áreas produtoras de grãos.
Conforme o meteorologista Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esta deficiência hídrica no solo, já começa a comprometer o bom desenvolvimento de algumas lavouras (soja e milho), principalmente nas áreas mais ao norte e oeste do estado. As lavouras do sul do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, parte do Paraguai e Argentina, vem sofrendo com as conseqüências da estiagem.
"As condições climáticas globais seguem mostrando que as águas superficiais na área oceânica do Pacífico Equatorial, continuam mais frias que o normal (anomalias negativas de até 2°C), (Figura 1). Estas anomalias negativas mostram que o fenômeno climático “La Niña” segue em atividade, conforme observamos nos meses anteriores", observa. A maioria dos prognósticos climáticos de longo prazo segue indicando a continuidade do “La Niña”, com atividade moderada durante todo o verão 2011/2012 e outono no Hemisfério Sul (Figura 2).
Esta configuração de “La Niña” deve continuar afetando a distribuição do regime de chuvas, em especial no centro-sul da América do Sul, incluindo o Paraná. Continua a previsão climática, para a estação verão/outono, de um clima mais seco, com precipitações apresentando uma distribuição muito irregular e volumes abaixo da média, que devem provocar um impacto na agricultura. As frentes frias devem continuar passando pelo Sul do Brasil com fraca atividade, e consequentemente deverão ser observados volumes menores de precipitação. “Vale salientar que em anos como este, que observamos variações bruscas nas temperaturas, a ocorrência de queda de granizo é maior”, diz Lazinski.
Conforme o meteorologista, as temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas acentuadas de temperaturas.
Fonte : Agrolink.
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Na foto, em 17.11.2011, Marcelo Gil apresentando trabalho sobre Aquecimento Global, na Universidade Católica de Santos.
Marcelo Gil é Corretor de Imóveis desde 1998, Especialista em Financiamento Imobiliário e Perito em Avaliações Imobiliárias. Técnico em Turismo Internacional. Agente Intermediador de Negócios. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor a ProTeste. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica.
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